31 de maio de 2012

Fora da zona de controle


 

Os atores costumam ter sua zona de conforto. Com Adriana Londoño, a Leila de "Rebelde", da Record, não é diferente. Para a atriz, este lugar é o teatro. Ela estreou na tevê só em 1997, na novela "Zazá", da Globo. Mesmo com 10 anos de teatro amador no currículo, ela sentiu muitas dificuldades nos primeiros trabalhos na tevê. "Levei uns 'bailes' no começo, lógico. Porque é normal. Nas novelas, as coisas mudam e muito. Você está desenhando um personagem e, de repente, ele muda completamente", observa.
No ar em "Rebelde", a atriz foi surpreendida com alterações no perfil de sua personagem. Antes ela estava cotada só para um mês de novela e não tinha trama própria. Mas, aos poucos, o papel ganhou destaque. Tanto que a atriz estranhou que, no desenrolar da trama, sua personagem passou a se envolver com outras. "Percebi que a Leila já não poderia mais sair. Ela tornou-se fundamental na trama", observa, aos risos.
Nesta segunda temporada, a personagem Leila veio com uma roupagem bem diferente do papel de mãe. Depois de investir dinheiro no colégio Elite Way, Leila ganhou "status" de vice-diretora. Só que, diferentemente do "carrasco" Jonas, diretor interpretado por Floriano Peixoto, ela é mais companheira dos alunos. "Ele fica com pulso firme e assume a figura do pai. A minha personagem é tipo uma mãezona. Mais compreensiva e tolerante", compara.

P - Você já trabalhou na Globo, Band e SBT. E na Record você está desde 2006, quando fez "Cidadão Brasileiro". De que maneira você administra sua carreira?

R - Sempre tento escutar o meu coração e, lógico, não sou estrategista ou planejadora. Mas têm caminhos que vislumbro e atores nos quais me espelho mais. No meu caso, sinto muita falta do exercício do teatro. Em uma novela, é um ano e meio fazendo o mesmo personagem e a mesma linguagem.

P - Como você encara a mudança de perfil em sua personagem em "Rebelde"?

R - Os papéis se transformam. É maravilhoso ter a oportunidade dentro da mesma obra de se reinventar e mostrar novas facetas. Se não tivessem essas mudanças, não sei se daria para inovar. É comum nas novelas que a gente se prepare pela sinopse e os personagens caminhem para novas características. Por isso não dá para construir nada muito fechado.

P - Nestes seus 15 anos de carreira na tevê, qual trabalho seu teve maior repercussão?

R - A novela mais comentada é "Cidadão Brasileiro", de 2006, escrita por Lauro César Muniz. Nesta produção fiz a Carmencita, uma prostituta uruguaia ainda lembrada com carinho.

P - A Record ainda não confirma uma terceira temporada para a novela "Rebelde". Quais são seus planos?

R - Tento sempre fazer teatro depois de terminar um trabalho na tevê. Quando estou em uma novela, já penso em uma peça para depois (risos).

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