Capitulo 63
Dois meses, é dois meses haviam se passado e aquele dia tão esperado havia chegado. Sim o
casamento, o casamento do casal mais lindo da cidade. Bem era isso que todos diziam, e eles,
bem eles acreditavam. Porque realmente eles eram um belo casal.
No altar Arthur estava nervoso, suas mãos suavam cada vez mais, a espera pela mulher
parecia uma eternidade. O terno preto perfeitamente alinhado em seu corpo já estava se
tornando um incomodo. Os cabelos arrumados. E no rosto ele tinha um sorriso. Aquele dia,
aahh aquele dia, parecia ser o mais perfeito para todos que estavam ali presente.
A igreja perfeitamente arrumada do jeitinho que os dois queriam. Aquele casamento fora
planejado por um ano. E não, não tinha como nada dar errado. Eles sonhavam com isso, Lua e
Arthur sonharam com isso por um ano, enfrentando dificuldades juntos, dispostos a
terminarem com um com um Felizes para sempre! Essa pequena frase, tão clichê para uma
pessoa qualquer, que diz que isso só acontece em novelas ou em livros infantis. Mais para um
casal apaixonado, bem para um casal apaixonado essa pequena frase significa muito. Eles vão
sempre querer um felizes para sempre em sua história.
Melanie e Sophia, amigas da noiva. Bem aquelas amigas que sempre estiveram juntas em
todos os momentos. Torceram tanto para que aquilo desse certo. E sempre quando o casal
brigava, era ali no colo das amigas que a pequena noiva chorava. Chorava feito uma criança
mimada, ou um neném que queria a chupeta. Mais no final a reconciliação sempre era a
melhor parte.
— Calma Arthur. É normal a noiva se atrasar. – Chay disse enquanto via Arthur remexer as
mãos impacientes. Algumas gotas de suor já escorriam pela sua testa.
— Ai meu Deus eu não agüento mais esperar. – Ele disse e segundos depois a igreja ficou toda
em silencio. Ele olhou para frente, observando ela. Ela estava ali, a hora havia chegado. Sua
mulher havia chegado. Abriu um grande sorriso quando seus olhares se encontraram.
sorriso estampado em seu rosto era tão grande, que por um momento ela achou que seus
lábios se rasgariam. Estava feliz, aquele dia era o mais feliz de sua vida. Momentos ao lado de
Arthur passaram pela sua cabeça. E involuntariamente seu sorriso aumentou, como se aquilo
fosse possível. E era possível. Tudo era possível naquele momento para os dois.
— Está pronta baixinha? – Micael perguntou. Sim ele que entraria com ela na igreja. Seus pais
não poderiam comparecer. Por motivos que os mesmos não queriam dizer. Lua se
incomodou com isso por um segundo. Mais ele passou rápido.
— Sim! – Respondeu. E então suas filhas que estavam perfeitamente lindas, entraram a sua
frente. Arthur que ainda tinha o olhar em Lua desviou para as meninas que sorriram ao ver o
pai sorrir para elas.
Todos levantaram direcionando o olhar para Lua, que estava ali tão perfeita. As pessoas
sorriam ao ver a tamanha felicidade dos dois, estava tudo tão perfeito e como eles haviam
planejado. Uma lágrima escorreu pelo rosto de Lua, mais não uma lágrima de dor ou algo do
gênero. Era uma lagrima de felicidade, felicidade por estar ali. Agora naquele altar. Estar
casando com a pessoa que sempre desejou. Felicidade por seus amigos estarem felizes e por
estarem ali, presente, naquele momento tão especial para os dois. Felicidade por suas filhas,
por elas serem tão lindas e cheias de saúde. Felicidade por enfim se sentir realizada.
Chegou ao altar e Arthur estendeu a mão para que Lua segurasse, os olhos se encontraram
novamente.
Os olhos apaixonados têm um brilho único, difícil de explicar. São doces e, ao mesmo tempo,
cheios de desejo. Transmitem sentimentos tão fortes e profundos que, ás vezes, chegam a
transbordar de emoção. Eles revelam aquilo que o coração teima em esconder, mas nunca
consegue. Olhar apaixonado, o mais intenso de todos os olhares.
Arthur encostou suas testas e sussurrou um “você está linda” para a mulher amada. Lua
sorriu ainda mais. Como se aquilo fosse realmente possível. E então eles viraram para frente
encarando o padre que fez o discurso cerimonial, e por fim chegou a hora do consentimento
divino.
― Arthur Queiroga Bandeira Aguiar e Lua Maria Blanco, viestes aqui para celebrar o vosso
Matrimônio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo? – Ele
perguntou e os dois sorriram ao mesmo tempo.
― Sim. – Responderam. Juntos. Encararam-se por alguns minutos antes de encarar novamente o
padre.
― Estão dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los
segundo a lei de Cristo e da sua Igreja? – Os dois olharam para o lado onde e Cath e Anna
estavam a cuidados de Sophia e sorriram as meninas. Lua passou a mão delicadamente pela
barriga e Arthur a olhou assustado. Seu rosto demonstrava que estava confuso.
― Sim – Eles responderam
― Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimônio, uni as mãos direitas e
manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.
E eles uniram a mão direita, e então olharam para a porta e lá estava Mel, com o pequeno
Otávio no colo. Lua sorriu observando a amiga tão linda andando em sua direção. E Arthur
abriu um sorriso imenso ao ver a irmã ali, com o filho nos braços, o seu sobrinho trazendo a
aliança na qual concretizaria a cerimônia com sua mulher. Assim que chegaram eles deram um
pequeno beijo na cabeça do pequeno que resmungou querendo chorar.
― Eu Arthur Queiroga Bandeira Aguiar, recebo-te por minha esposa a ti Lua Maria Blanco, e
prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos
os dias da nossa vida.
Uma lágrima solitariamente escorreu pelo rosto de Lua, e Arthur passou o dedo
delicadamente pela sua bochecha da mulher para não lhe borrar a maquiagem.
Os dois sorriram e então Lua pegou a aliança da almofada.
― Eu Lua Maria Blanco, recebo-te por meu esposo a ti Arthur Queiroga Bandeira Aguiar, e
prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença,
todos os dias da nossa vida.
― Confirme o Senhor, benignamente, o consentimento que manifestastes perante a sua Igreja,
e Se digne enriquecer-vos com a sua bênção. Não separe o homem o que Deus uniu. Agora o
noivo pode beijar a noiva.
E Arthur sorriu antes de puxar Lua delicadamente pela cintura colando os seus corpos de
uma forma bonita. Fotos eram tiradas e Lua e Arthur sorriram entre os beijos. Lua
delicadamente puxou a mão de Arthur e colocou sobre sua barriga. Ele sorriu ainda entre os
lábios da mulher e Lua apenas assentiu devagar com a cabeça. Sim ela estava esperando outra
criança.
História escrita por::
Natália Cardozo
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